Gilcenio’s Blog

Janeiro 7, 2012

Somos todos africanos

Filed under: Uncategorized — gilcenio @ 5:50 pm

Como parte da semana da consciência negra, escrevi o reggae Somos Todos Africanos. Abaixo, a letra:

Somos todos africanos
Foi lá que tudo começou
Esqueça se seu pai é louro
Se era branco seu avô
Somos todos africanos
Somos todos africanos
Somos todos africanos
Por isso abaixo a arrogância
É na África que está
A nossa origem e a nossa infância
Somos todos africanos
Somos todos africanos
Chega de desprezo
Por outros seres humanos
Não importa a pele, o pelo
Pois somos todos africanos
Somos todos africanos
Somos todos africanos
Ninguém é melhor
Ninguém é superior
Somos feitos da mesma matéria
E todos sonhamos com o amor
Somos todos africanos
Somos todos africanos
Somos todos africanos
E passageiros do mesmo planeta
Uma gota no oceano
Portanto, não seja egoísta e careta
Somos todos africanos
Somos todos africanos
Somos todos africanos
Somos todos africanos

Setembro 21, 2010

O amor é minha droga, um rap pra celebrar a vida

Filed under: Uncategorized — gilcenio @ 7:03 pm

“O amor é minha droga” é o título do rap que criei para o I Festival de Talentos do Centro de Ensino Newton Bello, realizado sexta-feira, 17/09. Abaixo a letra:

O amor é minha droga

Gilcênio Vieira Souza


Viver é perigoso, já dizia o gênio Rosa

E os esquecidos

Pelo sistema

Têm que gastar

Muito mais prosa

Pra transformar a vida em happy-end de cinema

Não é fácil, eu te garanto, mano,

O capitalismo, sempre pegando em nosso pé

Se o nego é fraco, viver é um desengano

Se não tem amor, quem é que quer viver?

Mas não pense que aqui na periferia

Não nascem flores, não cresce gente decente,

Porque aqui, sim, existe muita poesia

Mesmo em meio a um Estado indiferente.

Por isso eu vou viver, eu decidi,

Não vou me drogar, não vou desistir,

Não vou fugir, não vou me iludir,

Vou viver a vida com a fé que eu sempre quis.

Uma menina me ensinou que o amor

É minha droga, é minha prova de fogo

É minha chance de virar o jogo,

E vai me acompanhar aonde quer que eu for.

Eu vou viver, vou valorizar

Cada segundo da minha existência

Mesmo sabendo que às vezes falta pão,

Falta dinheiro, mas não falta a persistência

De ir à luta, de ir contra o sistema,

De se unir aos manos por uma nova vida

Em que o amor não seja um dilema,

Mas a inspiração da terra prometida.

Por isso eu vou viver, eu decidi,

Não vou me drogar, não vou desistir,

Não vou fugir, não vou me iludir,

Vou viver a vida com a fé que eu sempre quis.

Uma menina me ensinou que o amor

É minha droga, é minha prova de fogo

É minha chance de virar o jogo,

E vai me acompanhar aonde quer que eu for.

E vai me acompanhar aonde quer que eu for.

E vai me acompanhar aonde quer que eu for.

Julho 1, 2010

Achei que estávamos a perder mais uma batalha

Filed under: Uncategorized — gilcenio @ 12:49 pm
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Achei que estávamos a perder mais uma batalha. Um dos nossos alunos desistiu de ir à escola. Trata-se de um rapaz de poucas palavras. Deveria estar terminando o ensino médio, mas ainda está na oitava série. Foi reprovado dois anos seguidos, estudando na mesma escola. E, devido a uma norma burra que atribui ao aluno a culpa por duas reprovações consecutivas, foi obrigado a mudar de escola. Não adiantou: continuou a ser reprovado. Este ano ainda começou a frequentar a escola, mas menos de um mês depois já tinha desistido de ir à aula.
Soube que está andando com o que nós chamamos de “más companhias”, talvez outros jovens que, como ele, a escola desistiu de tentar “consertar”.
Pois bem. Viajei pensando nesse assunto. Deduzi que não se trata apenas de reintegrá-lo à escola, de salvar o seu ano letivo, mas, quem sabe, talvez salvar sua vida, já que algumas vezes madruga sabe-se lá onde.
A revista Nova Escola deste mês (junho/julho) publicou uma matéria que nos ajuda a pensar sobre a situação deste e de outros jovens brasileiros. A reportagem, que se chama “Um erro que se repete a cada ano”, mostra que, enquanto em todo o mundo a taxa de reprovação no ensino fundamental é de apenas 2,9%, no Brasil é de 18,7%!
A matéria cita um estudo de Sergei Suarez Dillon Soares, técnico de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em que o pesquisador faz a sábia advertência que reproduzo aqui: “[…] Convença um menino de que ele é incapaz e ele o será. Convença-o de que a Matemática ou a leitura estão além do seu alcance, e elas estarão. Reprove-o, sinalizando que sua única alternativa é a escolha entre trabalho braçal e diversos tipos de marginalidade, e ele, principalmente se é pobre e vive cercado de pessoas cujas vidas foram definidas dessa forma, acreditará.”
A matéria faz importantes conclusões sobre a questão da reprovação no Brasil:
“Do jeito que está, espera-se um ano inteiro para confirmar que tudo estava errado. E mais: em lugar de corrigir os erros, repetir tudo novamente. […] Antes de mais nada, é preciso acabar com a ideia de colocar o estudante como o culpado pelo fracasso escolar. A escola só existe para ensinar.”
Voltei de viagem perturbado com a possibilidade de não pudermos fazer muita coisa por este jovem (devido à burocracia escolar: prazos, notas, etc.). Mas recebi boas novas dos meus colegas de trabalho, que me disseram que o jovem voltou à escola, solicitando a compreensão dos professores: quer concluir o ano letivo. E os professores estão dispostos a ajudá-lo. É um gesto pequeno, quase imperceptível, diante das dimensões do problema no Brasil.
Para mim, a compreensão desses professores é uma atitude que reforça a minha esperança no trabalho educacional. Para o jovem, talvez seja o que faltava para continuar acreditando na vida.

A matéria da Nova Escola está disponível no link abaixo:

http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/avaliacao/repetencia-erro-se-repete-cada-ano-567983.shtml

Abril 8, 2010

Conselho de Classe: um importante instrumento avaliativo.

Filed under: Uncategorized — gilcenio @ 12:26 pm

O que é Conselho de Classe?

É um conselho formado democraticamente pelos professores e alunos de uma determinada turma, e possivelmente, por representantes da equipe pedagógica da escola, dos pais e gestores.

Para que serve o Conselho de Classe?

Serve para detectar eventuais problemas na turma, as dificuldades de aprendizagem e as expectativas dos alunos, propondo encaminhamentos que garantam o direito a uma escola de qualidade.

Qual o melhor critério de organização do Conselho de Classe?

Cada escola tem a liberdade de organizar o conselho de acordo com a sua realidade, mas é preferível que todos os professores que lecionam numa turma sejam membros do conselho dessa turma e que pelo menos 20% dos alunos estejam representados no conselho.

Quais os procedimentos para a criação do conselho?

1) Definição do critério de representatividade dos alunos e demais representantes;

2) Assembleia com os alunos para sensibilização e esclarecimento da função do conselho;

3) Assembleia para eleição dos membros e criação do conselho.

Qual o perfil ideal do aluno que deve participar do conselho?

De preferência: ser criativo, crítico, comunicativo, solidário, se relacionar bem com os colegas e ter visão do coletivo.

Quem deve presidir o conselho?

Qualquer um dos seus integrantes, escolhido democraticamente pelos seus pares após a criação do conselho.

Com que frequência o conselho deve se reunir?

Bimestralmente; ou extraordinariamente, quando assunto de relevância assim o determinar, convocado pelo seu presidente, pelo Colegiado Escolar, Gestor ou por pelo menos 1/3 dos membros do conselho.

Qual a duração do mandato do Conselho?

Um ano. Os conselhos de classes devem ser organizados no início de cada ano letivo.

Leia mais sobre o Conselho de Classe no site da Mundo Jovem:

http://www.mundojovem.com.br/artigo-conselho-de-classe.php

Baixe aqui o texto em arquivo power point.Conselho de Classe

Março 2, 2010

Educação na era digital

Filed under: Uncategorized — gilcenio @ 1:56 am
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Gilcênio Vieira Souza

Se a escola não fizer uma revolução, as crianças vão fazê-la. O alerta feito por Seymour Papert em 2001 é uma realidade, mas, infelizmente, ainda há escolas e professores que fingem não ver que pararam no tempo. Com isso, estão condenando crianças e jovens à exclusão, rotulando-os como os que “não querem nada com a vida”, quando, na verdade, quem não quer nada com a vida é esse tipo de escola, baseada em um ensino artificial e que ignora ou finge ignorar as “conexões” que nossos alunos fazem todo santo dia, entre o que devem aprender, os artefatos tecnológicos de que dispõem ou têm acesso e a realidade midiática com a qual se defrontam.

Infelizmente – é triste dizer isso – já conheci adolescentes que abandonaram a escola por supostamente não quererem nada com a vida… E queriam, ah como queriam… Queriam tanto que iam à escola em um turno diferente daquele em que estudavam para freqüentar o laboratório de informática… E lá se empenhavam com tal dedicação que nem pareciam os diabinhos com que eram comparados. Havia um interesse sincero: o envolvimento com o computador lhes possibilitava aprender com prazer e encontrar sentido no que faziam, interagindo com o “mundo real” – expressão que soa redundante, mas cujo uso aqui só evidencia o artificialismo da escola em seu mundinho de notas, avaliações que não avaliam e outros absurdos.

Quando o laboratório de informática deixou de funcionar por algum tempo, cumpriu-se o prognóstico de alguns professores e aqueles adolescentes deixaram de ir à escola, passando a compor o exército de evadidos…

Posso citar outros exemplos, como o do garoto que evitava a matemática, mas que diante de uma simples animação/simulação de expressões numéricas em computador passou a simpatizar com os números e sua ciência…

Sou testemunha ocular dessas situações e dos benefícios que as Tecnologias de Informação e Comunicação trazem para a educação quando integradas ao currículo escolar e a uma pedagogia ativa, com links na realidade social e no dia-a-dia dos alunos.

Nossos alunos usam celular, mp3, mp4, iPod, pendrive, câmera digital… como podemos orientá-los para o uso pedagógico desses artefatos, possibilitando apreender a realidade e transformá-la pela ação educativa?

O professor pode orientar os alunos a realizarem entrevistas entre eles e com outras pessoas sobre temas de estudo, gravarem no celular/mp3/mp4, editá-las em programas como o Audacity ou o Movie Maker e transformar em podcasts, disponibilizados em blogs. Pode ser feito o mesmo para a criação e edição de arquivos de vídeo, que podem ser postados em blogs ou no YouTube e compartilhados como links pedagógicos para a comunidade escolar.

A produção audiovisual pode fazer parte de uma ideia mais complexa, como um jornal (impresso e em rede) ou a criação de um projeto para a preservação da memória social (da escola, da comunidade, de uma categoria profissional).

Os professores da área de linguagens e códigos podem criar blogs com podcasts, vídeos e textos para incrementar o aprendizado da língua, proporcionando autonomia aos alunos para que façam o mesmo e se sintam senhores da própria voz.

A criação de apresentações em programas como o Impress ou o Power Point e a publicação na web (nos blogs da wordpress é possível disponibilizar esse tipo de arquivo) permite o compartilhamento e o aperfeiçoamento da organização didática de determinados temas, que podem ser explorados em debates e seminários.

De uma maneira democrática, dialógica e colaborativa, o professor pode criar suas aulas e postá-las na web (o Portal do Professor possui uma interessante ferramenta de criação e publicação de aulas), com a possibilidade de alunos e professores interagirem e opinarem sobre as aulas publicadas.

Páginas e páginas poderiam ser escritas com o detalhamento de como a escola proceder na integração de mídias e tecnologias…

Se a escola adota essa perspectiva, como filosofia e inspiração coletiva, são grandes as chances do sucesso escolar: da escola, como instituição com raízes fincadas na comunidade (local e global), dos professores, com auto-estima suficiente para afastar o burnout e se considerarem responsáveis pela disseminação da esperança num mundo melhor, dos alunos, como protagonistas, produtores culturais, e, de fato, cidadãos críticos e autônomos.

Março 1, 2010

Compondo o cenário digital

Nessa postagem disponibilizo uma apresentação produzida para o curso “Mídias na Educação” sobregilcenioapresentacao os desafios da educação diante do novo cenário digital.

Ubiquidade educacional X grande irmão

Filed under: Uncategorized — gilcenio @ 1:19 am
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A ubiquidade parece representar o resultado mais óbvio da evolução tecnológica: “os computadores irão se tornar máquinas integradas e ocultas, presentes no ambiente natural do ser humano” (Andrade, 2009), invisíveis, mas em qualquer lugar à nossa volta, como previu o profeta da ubiquidade, Mark Weiser (Weiser, 1991).
Essa realidade está cada vez mais presente nos dispositivos móveis, como o GPS e o celular, e nos “lugares digitais”: nas grandes cidades, “os tradicionais espaços de lugar (rua, praças, avenidas, monumentos) estão, pouco a pouco, transformando-se em espaços de fluxos, espaços flexíveis, comunicacionais” (Lemos, 2004).
Se, por um lado, essa tendência possibilita uma interação mais inteligente e imediata entre o ser humano e a polis, por outro lado, transforma em coisa concreta o olhar vigilante do “grande irmão” de Orwell. De fato, o grande irmão já está (oni)presente na Internet: o meu acesso à rede mundial de computadores gera um IP (Internet Protocol), endereço que indica o “local” da minha máquina. Cada url que digito, a cada consulta ao Google, a cada cadastro em um site, estou fornecendo informações que dizem quem eu sou: meus gostos, preferências e até mesmo o tempo total que passo na web.
Nas metrópoles, os cidadãos estão sob a constante vigilância de milhares de câmeras. Além disso, sistemas cada vez mais inteligentes passam a definir a relação do cidadão com a cidade. “A cidade invasiva ou perversa compreenderia então um ambiente onde a massificação dos objetos digitais no cotidiano permitiria a invasão da publicidade e a divulgação das nossas vidas privadas” (Leite, 2008). Assim, “manter a privacidade pessoal numa sociedade ubíqua será altamente complexo e quase impossível” (Gadzheva, 2008, apud Mídias na Educação, Convergências das Mídias, Mobilidade e ubiquidade).
Contrapor-se a essa realidade requer mais que uma ética, mas um projeto social de uma educação ubíqua, “que pressupõe apropriação e uso social” (Lemos, 2004) da tecnologia para a ação e que reverta a dupla perda de identidade a que estamos expostos: a de portadores de “chips invisíveis”, acessíveis ao olho do grande irmão, e de comportamentos indiferenciados que garantem a primazia do “modelo” Homer Simpson como expressão da alienação midiática.
Assim, a ubiquidade deve revelar-se uma experiência positiva:
(…) Do ponto de vista da memória dos lugares, podem ser ampliadas as capacidades de reunir questões locais em torno do um imaginário coletivo, da transmissão de saberes, do conhecimento passado de geração em geração, da promoção de uma identidade e da participação civil (Leite, 2008).
Contudo, “faz-se necessário, no entanto, evitar que os lugares de ubiquidade se submetam às dinâmicas econômicas e comerciais, cujos interesses transformam a percepção estética e a apreensão afetiva do lugar” (idem).
O desenvolvimento de uma educação ubíqua passa pela efetivação da escola integral e pela integração invisível da educação à vida social. Weiser (1991) destaca a escrita como uma tecnologia ubíqua nos países industrializados, lembrando-nos da grande responsabilidade educacional (política) das nações com elevado número de analfabetos, como o Brasil. Dessa forma, a ubiquidade educacional só pode ser realizada a contento após um esforço consciente de “visibilidade” das tarefas educacionais pendentes, como a garantia do acesso à escola, a permanência nela e o sucesso escolar.
Moll (2009) estabeleceu importantes reflexões que convergem para a ideia que temos de uma educação ubíqua:
A cidade precisa ser compreendida como território vivo, permanentemente concebido, reconcebido e produzido pelos sujeitos que a habitam. É preciso associar a escola ao conceito de cidade educadora, pois a cidade, no seu conjunto, oferecerá intencionalmente às novas gerações experiências contínuas e significativas em todas as esferas e temas da vida (Moll, 2009, p. 15).
A ubiquidade educacional é uma utopia possível, no marco da ubiquidade como processo social. Nas palavras de Moll (idem):
Pensemos ainda na escola em meio a um processo que imbrica os saberes que “circulam” nas praças, nos parques, nos museus, nos teatros, nos cinemas, nos clubes, nos espaços de inclusão digital, nos movimentos em favor dos direitos humanos materializados na proteção das mulheres, das crianças e dos jovens (ibidem, p. 15).
Tratar a ubiquidade nessa perspectiva é afirmar “um novo humanismo, através da conversão da vida quotidiana na cidade em obra, apropriação e valor de uso” (Sousa, 2009), embutida nessa visão uma ética de respeito aos direitos do cidadão e de construção de uma educação com tendência a ocupar os lugares públicos invisivelmente.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Luiz Adolfo de. Apresentação do texto de Mark Weiser (1991). Disponível em: http://www.andrelemos.info/midialocativa/2008/09/apresentao-do-texto-de-mark-weiser-1991.html. Acesso em 16 fev 2010.
GADZHEVA, Maya. Location privacy in a ubiquitous computing society. In: International Journal of Electronic Business. – Vol. 6, No. 5 pp. 450 – 461. 2008. Disponível em: http://www.inderscience.com/search/index.php?action=record&rec_id=21181&prevQuery=&ps=10&m=or. Acesso em 17 fev 2009.
LEITE, Julieta. A ubiqüidade da informação digital no espaço urbano. In: LOGOS 29 – Tecnologias e Socialidades. Ano 15. no. 29. UERJ. Rio de Janeiro. 2008. Disponível em: http://www.logos.uerj.br/PDFS/29/10JULIETA_LEITE.pdf. Acesso em 16 fev 2010.
LEMOS, André. Cibercultura e mobilidade. In: Razón y palabra – Octubre –Noviembre 2004. Disponível em: http://www.cem.itesm.mx/dacs/publicaciones/logos/anteriores/n41/alemos.html. Acesso em 10 fev 2010.
MOBILIDADE E UBIQUIDADE. Mídias na Educação, Convergências das Mídias. Disponível em: http://200.130.6.210/webfolio/Mod83527/etapa3/pag15.html. Acesso em 10 fev 2010.
MOLL, Jaqueline. Um paradigma contemporâneo para a educação integral. In: Pátio, Ano XIII, Nº 51, ago/out 2009.
Sousa, J. Francisco Saraiva de. Henri Lefebvre: crítica do urbanismo. CyberCultura e Democracia Online. Disponível em: http://cyberdemocracia.blogspot.com/2009/06/henri-lefebvre-critica-do-urbanismo.html. Acesso em 23 fev 2010.
WEISER, Mark. The Computer for the 21st Century. Disponível em: http://nano.xerox.com/hypertext/weiser/SciAmDraft3.html. Acesso em 17 fev 2010.

O valor pedagógico do blog

Filed under: Uncategorized — gilcenio @ 1:14 am
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O blog é um tipo de página virtual de fácil criação e uso cada vez mais comum, além de constituir um território democrático que propicia a reflexão e o diálogo. Por ser uma página que tem a identidade de um sujeito que escreve e compartilha suas vivências (posts), em interação imediata com os leitores (coments), o blog possibilita a construção de uma ágora virtual, que se efetiva no binômio: experiência democrática/criação de saberes.

O valor da narrativa pessoal, como exteriorização de uma história particular e clamor de solidariedade por outras narrativas comuns, representa uma excelente oportunidade para a construção do conhecimento. Essa fraternidade no aprender recíproco constitui uma experiência enriquecida pela franqueza dos sujeitos, pelo olhar constante para a interlocução que os motivam e pelo domínio progressivo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) de que se fazem senhores e cúmplices, pois como afirma Prado (2005, p. 55), “o envolvimento do aluno no processo de aprendizagem é fundamental. Para isso, a escola deve propiciar ao aluno encontrar sentido e funcionalidade naquilo que constitui o foco dos estudos em cada situação da sala de aula”.

Tal perspectiva apóia-se na proposta construcionista de Seymour Papert, que valoriza o processo de aprender. Como Piaget, Papert acredita que “o conhecimento é ativamente construído pela criança em interação com seu mundo” (Ackermann, s/d). Assim, Papert “enfatiza a importância das ferramentas, mídias e do contexto no desenvolvimento humano” (idem).

Toda a comunidade escolar pode se tornar sujeito desse projeto, com a mediação do educador na multiplicação de blogs e a solidariedade de sua experiência no trabalho de construção de narrativas hipertextuais.

O blog constitui um instrumento de forte potencialidade pedagógica, requerendo, para tanto, redefinir a práxis em bases éticas, democráticas e colaborativas e por meio da escritura permanente das narrativas das experiências de educandos e educadores. A cultura do blog deve, assim, ser disseminada na escola, como um exercício coletivo da comunidade escolar.

A atividade coletiva representa um esforço essencial para dar significação à escola e, para isso, nada melhor que o trabalho de e sobre a escrita, fazendo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) um suporte fundamental para o sucesso do processo de apreensão de saberes e de intervenção crítica no mundo.

REFERÊNCIAS:

ACKERMANN, Edith. Piaget’s Constructivism, Papert’s Constructionism: What’s the difference? Disponível em:
http://learning.media.mit.edu/content/publications/EA.Piaget%20_%20Papert.pdf.
Acesso em: 10 out, 2009.
PRADO, Maria Elisabete Brisola Brito. Articulação entre áreas de conhecimento e tecnologias. Articulando saberes e transformando a prática. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de, MORAN, José Manuel (org.). A Integração das tecnologias na educação. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2005.

(Sem título)

Filed under: Uncategorized — gilcenio @ 1:11 am
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Quando criança, ela tinha traços indígenas. Hoje, a pele negra se destaca.
O primeiro estrangeiro que a encontrou, brincando entre palmeiras, considerou-a amável, pacífica, digna. Mas essa doce impressão se desfez quando outro homem, também estrangeiro, invadiu a sua casa, chutou os seus brinquedinhos de ossinhos de pequenos animais e sabugos, e abusou da pobrezinha sem o menor escrúpulo.
Mas não parou aí. Outros homens continuaram a violentá-la com sordidez e escárnio. E, cedo cedo, ainda menina, viu-se prostituída, enquanto ia vivendo entre esmolas e violências. Já não tinha mais o olhar lívido de uma criança imaculada e o corpo exibia cicatrizes, marcas de violações e gravidezes não escolhidas.
Cresceu entre a sarjeta, a piedade pública e a exploração privada do seu corpo e sua alma, até transformar-se nessa presença fantasmagórica.
Hoje saiu à rua e recebeu a atenção (mas por razões diversas) que só recebia quando era uma jovem apta ao trabalho braçal: saiu à rua e começou a vomitar; e o que parecia um vômito comum, logo se revelou bem diferente, pois regurgitava não restos de comida, mas os próprios órgãos e outros constituintes internos do corpo: rins, dentes, costelas…
Por isso que os vizinhos e até moradores de mais longe lhe emprestam tamanha atenção, pois jamais tinham visto tragédia pessoal tão estranha e tão intensa, a de um pobre ser a vomitar-se destrutivamente, deixando à mostra pedaços seus que antes lhe eram tão vitais, vísceras e partes que compõem a constituição de toda e qualquer pessoa, expostas nas ruas, regurgitadas ao faro faminto dos cães.
Está vindo o socorro, mas há danos irreversíveis e a alma está arrasada.

Pobre Haiti.

Dezembro 7, 2008

Bem, um pouco de mim.

Filed under: Uncategorized — gilcenio @ 1:47 pm

Nasci em Juazeiro do Norte, Ceará, Brasil, aos cinco de janeiro de 1969. Moro em Pio XII, Maranhão, Brasil. Gosto de ler, escrever, cinema, pintura, HQ, música. Sou professor de língua portuguesa e língua inglesa da rede pública estadual maranhense.

Tenho vários artigos, contos, crônicas e poemas publicados na Internet nos blogs Palavrativa (http://palavrativa.blogspot.com), Andiroblog (http://andiroblog.blogspot.com), Filmes Imperdíveis (http://filmesimperdiveis.blogspot.com), Diário Pedagógico (http://diariopedagogico.blig.ig.com.br), Prazer em Aprender (http://prazeremaprender.blogspot.com), Notícias de Pio XII (http://noticiasdepioxii.blogspot.com) e no site Internet Archive (http://www.archive.org). Alguns dos meus escritos estão também incluídos na coletânea “Cessin em cantos e em contos”, livro organizado pela professora Gedite Fontes Tavares, lançado no dia 23 de abril de 2008, na Academia Maranhense de Letras.

Considero-me uma pessoa de sorte, por ter uma esposa amorosa e com um forte caráter, seis filhos belos e inteligentes e ser contemporâneo de José Saramago e Noam Chomsky, intelectuais que nos passam a esperança de que a vida vale a pena ser vivida.

Links para alguns dos textos do site Internet Archive:

O filho de Lampião:

http://ia311210.us.archive.org/3/items/OFilhoDeLampiao/OFilhoDeLampiao.pdf

Perto do big brother, longe do big bang:

http://ia311207.us.archive.org/1/items/PertoDoBigBrotherLongeDoBigBang/PertoDoBigBrotherLongeDoBigBang.pdf

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